26 de julho de 2013

Visita do Papa ao Brasil.

Amor sem dogmas

A generosidade de um homem que insiste em se aproximar dos mais humildes enquanto que aqueles que se intitulam seguidores ou subordinados persistem em idolatrá-lo e por consequência obrigam, ou seja, induzem seus seguidores ao mesmo. Assim é a visão clara da visita do Papo ao Brasil.

Ligo a TV e vejo que uma overdose de idolatria estampada em diversos sorrisos amarelos se mostra na tela. Seguranças o cerca e ele, quebrando protocolos, encanta a todos que o acompanha e sonham em tocá-lo ou simplesmente ser visto por ele.

Mas pensamentos antagônicos atormentam-me: “Seria uma jogada de marketing?”. Ao mesmo tempo meus valores são retomados à lucidez: “Deus escreve certo com linhas tortas”, “não cai uma folha da árvore se essa não for da vontade de Deus”. Então ter fé ou não? Acredito que princípios são inerentes aos seres humanos. Como não acreditar na lei criadora?

Logo, seja qual for as intenções daqueles que cercam a Igreja e a sua fé, está de acordo aos desígnios divinos traçados a ela. O que seria da humanidade se em outrora não houvesse se deparado com as proibições e imposições de seus dogmas? Seus méritos não devem ser negados, nem por aqueles que negam sua fé, pois isso é histórico e presente na raça humana.

Esse conceito nos leva a crer e aceitar quão importante é a presença desse líder em meio a tanto descontentamento e desesperança de um povo cansado de abandono e massacrado por políticos corruptos e descompromissados. Isto traz, a essa multidão, uma energia revigorante além de enchê-los de esperança e luz.

Sendo assim, devemos parar de sermos negativos em tudo, mesmo não seguindo esses dogmas, devemos parar de julgar, pois “Não julgueis para não ser julgado”, essa é a máxima. Mesmo em defesa da bondade criadora, sei que receberei críticas daqueles que não conseguem abrir seus corações e optar pela razão, mas sim pelo fanatismo religioso ou cético. Esse pensamento me remete a outra máxima do Cristo: “Se não acredita em mim, acredite naquilo que eu faço”.

Portanto, deixemos de lado conceitos, pré-conceitos, fanatismos, fascismos, ódio e críticas sem embasamentos e abramos nossos corações e nossas mentes a fim de deixar o amor penetrar o nosso ser isento de dogmas, crenças e instituições religiosas para que nos transbordemos em paz e luz divina. Só assim poderemos, num futuro não tão distante, construirmos um mundo melhor para as próximas gerações.





23 de julho de 2013

As mobilizações nacionais.

“Não é por R$0,20”

Num certo momento de euforia futebolística aliada ao domínio ditatorial em fins da década de 1960, o povo brasileiro absorveu o título de “o país de chuteiras” com muito orgulho e comoção, carregando esse nome até a atualidade.

Hoje, o governo vigente, tenta resgatar esse conceito com o intuito de buscar a aprovação da população para a realização da copa 2014 no Brasil, mas como numa estupenda surpresa, o povo reagiu a isso, numa só voz afirmando que o Brasil se orgulha de seu futebol, mas que esse é uma diversão da nação e não prioridade: “Não vivemos de futebol”.

Essa nação cansada de tantas explorações, descaso e corrupção, reivindica o que lhes é de direito: saúde digna; educação de qualidade; liberdade de escolhas; direitos básicos; ir e vir com segurança e respeito; além do fim da corrupção.

Sendo um dos países com maior carga tributária, essa população exige que seus impostos sejam aplicados naquilo que suprem seus anseios e necessidades. “Povo sábio”.

A mídia manipuladora tenta, sem sucesso, desviar e distorcer as informações a fim de associar essas manifestações à baderna, mas ao perceber seu insucesso, passa a dar voz aos manifestantes constatando que suas reivindicações são justas e suas ações pacíficas.

Estávamos adormecidos num comodismo que perturbavam os sedentos por mudanças que acreditavam num povo ignorante e passivo à dominação ideológica. Incluindo-me nesse pensamento, sinto, nesse momento, uma emoção e um orgulho de ser brasileiro e de provar que não perdemos a consciência do que necessitamos para termos um país melhor.

Aliado a isso, percebemos uma atitude estarrecedora de governantes, acostumados à impunidade e a uma sociedade calada, esqueceram seu significado no seio social e do poder do povo. Prefeitos, vereadores, governadores, deputados, senadores e a presidente, todos em ebulição na busca de estratégias políticas e governamentais para acalmar os ânimos, mas ainda sem êxito.

Que estas manifestações sirvam para trazer à tona o compromisso social de cada um e juntos transformarmos o nosso país num lugar justo em que todos possam ser iguais e tenhamos as mesmas oportunidades, principalmente o acesso aos serviços básicos que toda sociedade democrática tem direito: ”Não é por R$0,20. É por dignidade, educação, segurança, saúde, transporte...”.

19 de julho de 2013

Mais uma bela poesia do meu amigo Di Freitas.











CICATRIZES
                                                           (Di Freitas)




Declaro que fui senhor e possuidor de um escravo
De nome José Crioulo
Negro forte e valente como touro bravo
Valeu cada grama de ouro!

A sua força eu soube explorar
Até não mais aguentar
E num canto da senzala a implorar
A todos os santos para a vida lhe tirar!

Homem-coisa é o que foi!
Objeto de troca do homem branco
Açoitado vezes ao dia no maldito tronco
Confinado como se fosse boi!

Vendido por alguns contos de reis
Mercadoria nobre dos coronéis
Décadas de sofrimento
A lei Aurea pôs fim nesse tormento!

Cicatrizes marcadas no corpo viril
Assim era a vida do negro
no Brasilil! 

1 de julho de 2013

Texto reflexivo

Diferença igualitária



Ás vezes observamos pessoas e esquecemos suas individualidades e acabamos pré julgando-as por um simples egoísmo alimentado pelo medo de termos que superar conceitos e atitudes que antes não havíamos refletido e executado.

A sociedade atual se alimenta de uma necessidade de determinar regras e conceitos no intuito de controlar os sentimentos e desejos alheios, levando, geralmente, a criar preconceitos e consequentemente estabelecendo diferenças sociais e individuais.

Isso, talvez, pelo fato do desconhecido assustar e exigir dos cidadãos decisões que importunam e transformam seu ritmo natural da vida. A mudança desse outro incomoda menos que a busca do autoconhecimento.

Essa mudança implica em atitudes, muitas vezes radicais, além da queda da hipocrisia e da demagogia que são duas chagas que sustentam a sociedade e bastante valorizadas pelos que lideram e dominam multidões.

Portanto, a aceitação do dito “diferente”, ou seja, daquilo que é estranho a si, seria o melhor caminho para que os seres humanos vivessem em harmonia e conquistassem juntos um mundo mais justo, igualitário e melhor para todos.


Poema reflexivo!

Escolhi ser feliz

Por que amar?
Amar ou possuir?
Namorar, apaixonar, noivar, casar...
Casar? Por quê?

Pessoas insistem nesse projeto.
Sou diferente por isso?
Quero ter o direito de escolha.
Mas como ter escolhas?

Proibições, regras, imposição.
Quero poder escolher.
Escolher o que quero.
Ser feliz da forma que escolhi.

Escolhi ser sozinho.
Escolhi ser livre
Escolhi ser feliz.

Amor possessivo não é amar.
Amar é completar.
Amar é ser livre , é libertar.

Assim quero amar.
Será que já amo?
Sou livre e feliz.